O clipe de FRANCESA ( I’m not a French Girl) traz uma estética luxuosa, contrapondo a marginalização que o ritmo funk sofre no Brasil. A música, carregada de símbolos que marcam a estética do funk brasileiro, ganha uma abordagem elegante quando se encontra com o clipe.

Nos últimos anos, o funk tem sido alvo de diversas propostas legislativas que visam criminalizar e apagar sua manifestação cultural. A artista MARIEH, uma das pioneiras na representatividade LGBTQIAP+ no funk, celebra a resistência e a beleza da cena independente.

Do figurino, feito por costureiras de escolas de samba do Rio de Janeiro (estado onde a artista nasceu), ao gosto de MARIEH pela estética dos cabarés antigos franceses, cada parte do clipe carrega muito cuidado, empenho e sofisticação. A equipe, 100% composta por pessoas LGBTQIAP+, acreditou no projeto, que não tinha quase nenhum investimento inicial, mas contou com muito apoio.

O clipe de FRANCESA (I’m not a French Girl) desafia barreiras financeiras não só por ter sido produzido de maneira independente, mas também por ter contado com a ajuda de diversas pessoas que investiram seu trabalho, equipamento, tempo e dinheiro.